quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Ministros da Noite


Deixo sugestão do Vítor, um livro fantástico, editado pela (não menos impressionante) Antígona, Ministro da Noite, de Ana Barradas. Em época de saldos, também para os livros, a Antígona voltou a pôr o livro à venda, por isso aproveitem!

"O livro "Ministros da Noite" da Antígona, contém uma coletânea de textos antigos (sécs XV e XVI e por aí em diante) que evidenciam o "lado B" da expansão portuguesa, desde o início até ao Ultra-Mar. O livro é muito bom e vale a pena ler: não existem filtros críticos, os textos são originais, portanto as conclusões são livres..."

sábado, 16 de agosto de 2008

Olívia








A OLÍVIA É A MAIOR




assim que li a olívia pela primeira vez (anteontem na verdade porque a rita e o nuno compraram para mim!) percebi que eu era assim um bocadinho como ela: "Olivia é uma porquinha incansável que tem energia a mais. Quer esteja a cantar Canções para cantar alto, a construir um arranha-céus de areia, a experimentar toda a roupa que tem no armário, a tentar despachar o irmão mais novo, a decorar as paredes da sala de estar ou a pedir vários livros ao mesmo tempo quando se vai deitar, ela nunca se cansa. O mesmo já não pode dizer a mãe, sempre fatigada mas com uma paciência infindável. Esta porquinha adora Jackson Pollock, Edgar Degas e salta à corda. É modernaça e sabe muito bem o que quer."








Batalha Incerta de Jonh Steinbeck






Há livros que têm de ser panfletários. Porque de vez em quando também nós podíamos ser um pouco mais panfletários. Vejo-nos (quase todos) a perder a(s) chama(s) que nos fazia, de certa forma, passar "para lá" do limite do aceitável dentro do nosso idealismo. Steinbeck descreve aqui a história de dois homens, membros do Partido, que se infiltram num acampamento de trabalhadores da apanha da maçã perto da década de trinta do século passado no interior dos Estados Unidos. Aí vão instigar os trabalhadores a fazer a greve para exigirem melhores condições de trabalho. O livro conta a história dessa greve, que envolveu centenas de trabalhadores.

Não existia neles a sensação de inutilidade, de desespero. Estavam calmos e trabalhavam, e na sua mente, lá bem no fundo, havia a convicção de que mais cedo ou mais tarde venceriam, encontrariam o caminho de saída do sistema que odiavam. Acredita, havia naqueles homens uma espécie de tranquilidade.
E por falar em livros panfletários não posso deixar de me lembrar do filme Os Edukadores. Imperdível!
Jule é empregada num restaurante e tem um segredo - um acidente de automóvel obriga-a a fazer pagamentos mensais a Hardenberg, um rico empresário. O namorado Peter e o amigo Jan também guardam um segredo - são os Edukadores, que assaltam as casas dos mais ricos como acto de rebelião e afirmação política, alterando a ordem dos objectos que têm nas suas casas provando assim que nunca estão a salvo, apesar do dinheiro que possuem. Quando Peter vai de férias, Jan e Jule revelam os seus segredos e a intimidade torna-os muito próximos. Decidem entrar na casa de Hardenberg, mas são surpreendidos pelo empresário. Resta-lhes ligar para Peter e confrontar traições e ideais.